A Tether, conhecida por ser a criadora da famosa stablecoin USDT, deu um passo ousado. Recentemente, anunciou que vai iniciar um grande projeto de mineração de Bitcoin aqui no Brasil, em parceria com a Adecoagro. Essa iniciativa visa aproveitar a energia excedente gerada por fontes renováveis da Adecoagro para minerar BTC, o que promete trazer benefícios não só para as empresas, mas também para o mercado.
As duas empresas assinaram um memorando de entendimento, o que significa que estão firme na intenção de trabalhar juntas. A Adecoagro, que já vende sua energia excedente a preços de mercado, agora vê a mineração de Bitcoin como uma forma de potencializar ainda mais essa receita.
Projeto Para O Futuro: Adecoagro e Bitcoin
Uma das propostas mais interessantes dessa parceria é que a Adecoagro passe a considerar o Bitcoin como uma reserva de valor. Enquanto ainda vende sua energia de maneira tradicional, a colaboração permite que ambos os lados possam investir em um novo ativo. Isso não só pode aumentar a lucratividade, mas também diversificar suas fontes de receita. A conversa entre os líderes das empresas traz um clima de otimismo. Paolo Ardoino, CEO da Tether, enfatiza que a experiência da empresa em projetos de mineração sustentável vai ajudar a criar uma infraestrutura energética mais robusta.
Tether e o Ecossistema de Mineração
A Tether não é nova nesse cenário. Ela já tinha adquirido a maior parte da Adecoagro e planeja usar essa plataforma não só para minerar Bitcoin, mas também para entrar no mercado de tokens de commodities agrícolas. Além disso, a empresa anunciou um investimento que gira em torno de meio bilhão de dólares na mineração de Bitcoin, o que mostra como estão comprometidos com esse setor.
A empresa ainda revelou que possui um excedente fiscal considerável, o que está permitindo que realizem essas investidas. Há um plano suportado por uma linha de crédito de US$ 610 milhões para financiar a mineradora Northern Data AG, um movimento que reforça a intenção da Tether de se aprofundar ainda mais na mineração.
O Caminho da Tether na Mineração
Com a intenção de se tornar mais relevante no cenário global, a Tether está construindo instalações de mineração em vários países da América do Sul, incluindo Uruguai e Paraguai. Esse último tem se destacado como um centro importante para a mineração de Bitcoin, atraindo empresas que buscam aproveitar seus recursos hídricos. O CEO da Tether manifestou o desejo de aumentar a participação da empresa na rede Bitcoin, estabelecendo uma meta de alcançar 1% do total global de poder computacional, o que colocaria a empresa entre as 20 maiores mineradoras do mundo.
Inovações Para Aumentar a Eficiência
Além disso, a Tether está investindo em um software de mineração chamado Moria, que visa otimizar a produção de energia nas fazendas de mineração. Isso pode incluir ajustes com base em previsões climáticas, aumentando a produtividade dependendo das condições, como vento ou sol. Essa abordagem promete entregar resultados mais eficientes e sustentáveis.
O futuro da mineração de Bitcoin está se desenhando com essa nova parceria e inovações. O Paraguai, por exemplo, já conta com operações da Bitfarms e Sazmining, que também estão apostando no uso da energia da barragem de Itaipu.
A combinação de tecnologias renováveis e aplicações financeiras inovadoras promete transformar o cenário da mineração na região, e a Tether está bem posicionada para surfar essa onda.
